quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

LABORES: TRABALHANDO A PEDRA BRUTA: A Independência do Brasil

A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – Ir.∙. M.∙. M.∙. Alexandre Túlio – Loj.∙. Montsalvat


Senti falta de uma manifestação em nosso clube sobre o Dia da Independência.

Na semana seguinte à Semana da Pátria, trouxemos parte de uma leitura que transpassa o limite da informação convencional sobre este momento histórico, cuja comemoração, infelizmente, tem sido utilizada apenas como oportunidade para o lazer, quando deveria trazer em si, um mínimo de reflexão.

E nestas pesquisas, percebemos que um episódio em especial, pode ser interpretado, como o início de todo o episódio que desaguou no ato de independência.

O “fico”, (1) que caracterizou a afronta aos decretos 124 e 125, de D. João IV que determinava o retorno do Príncipe Regente. Os decretos chegaram no Brasil no dia 09 de dezembro de 1821.

Em 10 de dezembro DE 1821, GORDILHO DE BARBUDA, seguiu para a Quinta Imperial, quando então, assuntou sobre a receptividade do Imperador à idéia de se rebelar à ordem. Já no dia 11 de dezembro, o Imperador disse que sua rebeldia dependia de representações e apoio neste sentido.

Esta notícia foi levada à JOSE JOAQUIM DA ROCHA, VASCONCELOS DUMMOND, CORONEL JOAQUIM JOSÉ ALMEIDA, LUIZ PEREIRA DA NOBREGA E JOSÉ MARIANO DE AZEVEDO COUTINHO.

Era necessário um apoio de grande peso, cuja conquista dependia de certa habilidade do presidente do Senado da Câmara, JOSÉ CLEMENTE PEREIRA. Português, cuja conquista da adesão ficou a cargo de José Mariano de Azevedo Coutinho que obteve grande êxito.

José Clemente Pereira, prudente estrategista determinou que o movimento não se resumisse ao Rio de Janeiro.

Então, um novo personagem, o Capitão Mor José Joaquim da Rocha escreveu para o CAPITÃO PEDRO DIAS PAES LEMES e MARQUES DE QUIXERAMOBIM, designando uma reunião na fazenda do primeiro, quando decidiu-se que seriam enviados emissários a cada província. Estes dois foram para São Paulo, e para Minas foi enviado PAULO BARBOSA DA SILVA.

Os mineiros e os paulistas aderiram à “FICADA” de D. Pedro I, passando a trabalhar com afinco para o ideal.

Um arremate se faz necessário. É que todos os personagens cujo nome foram citados acima eram maçons. Inclusive Dom Pedro I.

Isto justifica o registro de Pandiá Calógeras que afirma que “A independência do Brasil se deve ao apoio e articulação dos maçons, sem o que, não ocorreria naquela oportunidade.”

Eu vejo pessoas criticarem a maçonaria (já me levantei duas vezes em sua defesa), assim como vejo pessoas criticarem a Maçonaria. E percebo que estes criticos são exatamente aqueles que não a conhecem. E criticar sem conhecer é no mínimo leviano. E algumas vezes até insano.

Quem realmente trabalha e constrói, o faz em silêncio.

Por isto, parabens à Maçonaria e ao Brasil, pela sua Independência.


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(1) O dia do Fico segundo a WIKIPÉDIA foi:


Um dia famoso, em 9 de Janeiro de 1822 o então príncipe regente D. Pedro de Alcântara foi contra as ordens das Cortes Portuguesas que exigiam sua volta, ficando no Brasil. Esse é o Dia do Fico.

Por volta de 1821, quando as Cortes portuguesas mostraram a idéia de transformar o Brasil de novo numa colônia, os liberais radicais se uniram ao Partido Brasileiro tentando manter a autoridade do Brasil. As Cortes mandaram uma nova decisão enviada para o príncipe regente D. Pedro de Alcântara. Uma das exigências era sua volta imediata.

Os liberais radicais, em resposta, organizaram uma movimentação para reunir assinaturas a favor da permanência do príncipe. Assim, eles pressionariam D. Pedro a ficar, juntando 8 mil assinaturas. Foi então que, contrariando as ordens emanadas por Portugal para seu retorno à Europa, declarou para o público: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação. Estou pronto! Digam ao povo que fico".

A partir daí, D. Pedro entrou em conflito direto com os interesses portugueses. Para romper o vínculo que existia entre Portugal e o Brasil.

Este episódio prenunciou a declaração de independência do Brasil que viria a ser efetivada em 7 de setembro de 1822.

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