quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

UNILOJAS FALA - Carta aos Irmãos

CARTA AOS IRMÃOS


Este movimento começou quando, há cerca de cinco anos, sete lojas do Grande Oriente de Minas Gerais COMAB, e seus membros, inclusive um ex-Grão-Mestre que, na época era Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho, tiveram sumariamente, por Decreto do Grão-Mestre, seus direitos maçônicos suspensos. Alguns foram processados perante a “justiça maçônica”, culminando com a “expulsão da maçonaria universal” do ex-Grão-Mestre e suspensão dos direitos maçônicos de outro irmão pelo prazo de dez anos. Tudo isto motivado por um pedido de prestação de contas feito na Assembléia Legislativa da Obediência e, mais tarde, após o resultado manipulado das eleições para o Grão-Mestrado. Este fato determinou a luta pela busca dos direitos outorgados pelo voto direto de mais de 50% dos Maçons da obediência, que foram retirados de maneira inescrupulosa, para permitir o continuísmo e o poder irrestrito, em benefício de interesses questionáveis de um pequeno grupo, que tinha e tem medo de uma auditoria externa rigorosa e independente.

Embora convidados para se filiarem às outras Obediências, (Grande Loja e Grande Oriente do Estado de Minas Gerais GOB), estas Lojas optaram por se manterem independentes, a fim de evitar qualquer tipo de constrangimento, em razão do denominado “Pacto de Convivência” existente entre as três Obediências, especialmente de serem acusadas de provocarem eventual rompimento desse “Pacto”. Não havia nenhuma intenção de criarem uma “nova Potência/Obediência”. Todavia, levados pelas circunstâncias, esses Irmãos e suas Lojas sentiram a necessidade de se congregarem em uma Organização Maçônica, mas que fosse estruturada e organizada de forma totalmente diferente da adotada pelas demais organizações até então existentes. A futura Organização deveria privilegiar o fortalecimento, a soberania e a independência das Lojas, pois somente desse modo poderiam reverter a tendência à mediocridade imposta a muitas oficinas, sufocadas pelas “Potências”. No modelo utilizado até então, existe um Grão-Mestre com poderes quase ditatoriais, secundado por poderes que, se não sob seu comando, se limitam a concordar e aprovar tudo que agradasse ao poder maior, demonstrando uma subserviência sem nenhum pudor.

Por isto que, e poderá ser observado no texto da Constituição, o “poder” na Unilojas está dividido entre o “Conselho de Veneráveis”, o “Conselho Consultivo” e o “Conselho de Administração”, cabendo ao Presidente do Conselho de Administração (a quem se deu o título de Grão-Mestre, apenas para seguir a tradição), implementar e fazer cumprir o que ficou decidido nos Conselhos, dos quais participam e votam todos os Mestres Instalados existentes na organização, independente de eleição (atualmente, nas sete Lojas, são ativos cerca de 30 Mestres Instalados!). Além disso, as despesas, por ventura aprovadas, serão rateadas e, qualquer Loja pode aderir ou sair da organização, sem pagamento de taxas ou contribuições de qualquer título.

Portanto, meus Irmãos, não se pode dizer que a Unilojas seja uma “nova Potência/Obediência” em razão do número de Lojas e Obreiros que a compõem. Talvez isso venha a ocorrer em alguns anos, se a idéia for bem sucedida. Mas que fique claro que se essa organização crescer, certamente as Lojas terão crescido mais e, talvez a Maçonaria volte a ser forte e praticada como sempre e que, utopicamente, desejamos até aqui.

É, portanto uma Luz no fim do túnel, que poderá, com a adesão de um número cada vez maior, em qualidade e quantidade, de Lojas e Irmãos, tornar-se uma verdadeira Potência!

Cabe esclarecer, por fim, que as Lojas não fazem parte de nenhuma das Potências/Obediências, ditas “regulares” ou “irregulares” existentes no Brasil, ou seja, são todas legalmente constituídas, civilmente responsáveis, regulares e INDEPENDENTES


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